sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

#14



(as mãos são as cordas, as mãos são o metal a oxidar devagar, a criar farpas contra os dedos, as mãos são o frio a cristalizar-se em poucas notas e ecos e as mãos são uma explosão estelar - ruído poeira rochas deserto quente - enrolando a pele do peito, abrindo-o e largando-o à deriva)




(as mãos são ele à procura de si mesmo na água, as mãos são a água gelada sobre o corpo, a imersão no mar, as mãos são a ponta das palavras que nunca será capaz de articular.)


1 comentário:

  1. Já é um prazer ouvir os Khorda e tudo o que eles dizem mas juntar um texto poético a tudo isto torna o momento maravilhoso.Parabéns cada dia é melhor ler-te.

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